domingo, 2 de dezembro de 2007

Sapatinho de Natal


Deixei meu sapatinho,

Na janela do quintal.

Papai Noel deixou,

Meu presente de Natal.

Como é que Papai Noel,

Não se esquece de ninguém.

Seja rico ou seja pobre,

O velhinho sempre vem.

Seja rico ou seja pobre,

O velhinho sempre vem.

Natal

De repente o sol raiou
E o galo cocoricou:

- Cristo nasceu!

O boi, no campo perdido
Soltou um longo mugido:

- Aonde? Aonde?

Com seu balido tremido
Ligeiro diz o cordeiro:

- Em Belém! Em Belém!

Eis senão quando, num zurro
Se ouve a risada do burro:

- Foi sim que eu estava lá!

E o papagaio que é gira
Pôs-se a falar: - É mentira!

Os bichos de pena, em bando
Reclamaram protestando.

O pombal todo arrulhava:
- Cruz credo! Cruz credo!

Brava
A arara a gritar começa:

- Mentira! Arara. Ora essa!

- Cristo nasceu! canta o galo.
- Aonde? pergunta o boi.
- Num estábulo! - o cavalo
Contente rincha onde foi.

Bale o cordeiro também:

- Em Belém! Mé! Em Belém!

E os bichos todos pegaram
O papagaio caturra
E de raiva lhe aplicaram
Uma grandíssima surra.


Vinicius de Moraes

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Meus Presentes de Natal














O Natal já vem aí,
tempo de ganhar presentes.
Muita coisa eu já pedi
e eu sei que vou ganhar.
Mas agora faço a lista
Dos presentes que eu vou dar!


Eu vou dar pro meu irmão
um presente de abafar:
vou deixar que ele brinque
com as coisas que eu ganhar!
Mas espero que ele saiba
que dos brinquedos todos
eu tenho muito ciúme.
Pois que brinque um pouco só.
Ele que não se acostume!


Pra vovó, que enxerga pouco,
vou arranjar um tempinho
para ler em voz bem alta
as histórias que ela gosta.
Só não quero que ela peça
para ler histórias chatas
de tempos que eu não vivi.
Será que ela vai gostar
se eu ler pra ela um gibi?


Para o papai eu prometo,
e sei que ele vai gostar:
não barbeio o cachorro
com o seu aparelho de barbear!


A minha mãe bem merece
uma oferta especial.
Meu presente de Natal
Vai a ela aliviar:
Prometo que vou tomar banho
sem que ela venha chamar!


Mais eu ofereço mais outro,
pra minha mãe aguardar:
não roubo mais doce do armário,
antes de me deitar!


Bom, há um certo exagero
nessa generosidade,
pois não sei se tenho mesmo
tanta força de vontade...


Esse presente é demais,
Acho que não me convém.
Esse é melhor esperar,
pra dar no ano que vem!


Pedro Bandeira

Menino Rico Escreve à Papai Noel















Papai Noel: - me perdoa,
Não sei me explicar direito
Minha letra não é boa,
De escrever não tenho jeito.
Sou apenas um menino
Igualzinho aos outros mais.
Tenho fama de granfino
Pois granfinos são meus pais.

O que eu conto é verdadeiro,
É tempo que eu desabafe:
Papai é grande banqueiro,
Mamãe joga pif-paf.

A vida deles se arrasta
Na maior monotonia:
Pois toda noite ela gasta
O que ele ganha de dia.

Dessa troca talvez sobre
Muito dinheiro, no meio.
Mas ninguém pensa no pobre
Que ser pobre é triste e feio.

Mamãe (gosto tanto dela!)
Me disse ontem: - Meu filhinho,
Não te esqueças, na janela,
De botar teu sapatinho.

Ora, eu nada mais espero
Este ano de especial
Pois mal uma coisa eu quero
Ganho mesmo sem Natal.

Logo, sem pedido algum,
Porém alegre e risonho
Em vez de botar só um
Meus sapatos todos, ponho.

E indo amanhã pelas ruas
Eu peço, Papai Noel,
Meus brinquedos distribuas
Com Zé, Pedrinho e Manoel.

Esse grupo é meu amigo.
No alto do morro é que mora
E sempre brinca comigo
Quando a Mamãe está fora.

Não te escreveram com medo.
Mas bem que tinham razão:
Como iam pedir brinquedo
Se vivem... de pé no chão


Álvaro Armando

Canção do Natal















Hoje é noite de Natal
Vou cantar para Jesus
Um parabéns igual
Aos sinos da Catedral.


Natal chegou, Natal chegou
Feliz estou, feliz estou
Papai Noel deixou
Presentes, carinho e amor.


Quero bem alto gritar
O Menino Jesus e Papai Noel
Nesta noite, vêm me visitar
Irei vigiar o céu, quero vê-los chegar.



Rosângela Trajano

Os Reis Magos



















Diz a Sagrada Escritura
Que, quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.

Estrela nova ... Brilhava
Mais do que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.

Avistando-a, os três Reis Magos
Disseram: “Nasceu Jesus!”
Olharam-na com afagos,
Seguiram a sua luz.

E foram andando, andando,
Dia e noite a caminhar;
Viam a estrela brilhando,
sempre o caminho a indicar.

Ora, dos três caminhantes,
Dois eram brancos: o sol
Não lhes tisnara os semblantes
Tão claros como o arrebol

Era o terceiro somente
Escuro de fazer dó ...
Os outros iam na frente;
Ele ia afastado e só.

Nascera assim negro, e tinha
A cor da noite na tez :
Por isso tão triste vinha ...
Era o mais feio dos três !

Andaram. E, um belo dia,
Da jornada o fim chegou;
E, sobre uma estrebaria,
A estrela errante parou.

E os Magos viram que, ao fundo
Do presépio, vendo-os vir,
O Salvador deste mundo
Estava, lindo, a sorrir

Ajoelharam-se, rezaram
Humildes, postos no chão;
E ao Deus-Menino beijaram
A alava e pequenina mão.

E Jesus os contemplava
A todos com o mesmo amor,
Porque, olhando-os, não olhava
A diferença da cor ...


Olavo Bilac

Natal















Jesus nasceu ! Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria ...

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus ...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na Cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.

Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes,
Foi para os pobres seu primeiros olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presépio os guia.
Vêem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.

Sobrem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu ! Natal ! Natal !
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal !

Natal ! Natal ! Em toda Natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia ...
Salve, Deus da Humildade e da Pobreza,
Nascido numa pobre estrebaria !


Olavo Bilac

sábado, 27 de outubro de 2007

É Bom Ser Criança

É bom ser criança,
Ter de todos atenção.
Da mamãe carinho,
Do papai a proteção.
É tão bom se divertir
E não ter que trabalhar.
Só comer, crescer, dormir, brincar.

É bom ser criança,
Isso às vezes nos convém.
Nós temos direitos
Que gente grande não tem.
Só brincar, brincar, brincar,
Sem pensar no boletim.
Bem que isso podia nunca mais ter fim.

É bom ser criança
E não ter que se preocupar
Com a conta no banco
Nem com filhos pra criar.
É tão bom não ter que ter
Prestações pra se pagar.
Só comer, crescer, dormir, brincar.

É bom ser criança,
Ter amigos de montão.
Fazer cross saltando,
Tirando as rodas do chão.
Soltar pipas lá no céu,
Deslizar sobre patins.
Bem que isso podia nunca mais ter fim.


Toquinho


Gostou da letra desta música???
Então faça o download dela!!

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domingo, 30 de setembro de 2007

Meu Automóvel

Eu tenho um automóvel
diferente
que não assusta bicho
nem atropela gente.

Um automóvel
que espera na sua
até a tartaruga
atravessar a rua.

Um automóvel
que não ganha corrida
mas nunca fez ninguém
perder a vida.

Um automóvel
que durante a viagem
sem pressa nenhuma
admira a paisagem.

Um automóvel
que não polui o ar.
Subam nele, crianças:
vamos passear.



José Paulo Paes


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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

As Placas Falantes

Pra resolver o problema
Do trânsito na cidade,
A Prefeitura de Icó
Teve grande habilidade.

Implantou uma novidade
Que no mundo não tem par:
As novas placas de trânsito
São capazes de falar.

Uma avisa: "Devagar!"
E completa na seqüência:
"Vai tirar o pai da forca?
Tenha santa paciência!!"

Outra faz a advertência:
"Perigo: curva fechada."
Tem uma que grita: "Pare!",
Outra diz: "Olha a lombada!"

Tem uma que dá risada
E asseguir um assobio.
Só depois é que ela fala:
"Ponte estreita sobre o rio."

Uma delas diz: "Desvio",
Outra berra: "Contramão!"
Outra ainda diz bem brava:
"Proibido caminhão!"

Uma diz com ar chorão:
"Não pare neste local."
Tem outra que fala manso:
"Não buzine!... Hospital!"

Só na praça principal
Teve falha no sistema,
Por causa dum poste frouxo
Que vive dando problema.

Este poste fura o esquema
Porque, ao ver se aproximar
Um maluco no volante,
Treme e grita sem parar:

"Ninguém vai me segurar!!
Ai, meu Deus! Meu Deus! Socorro!!"
E já sai correndo à toda,
Mais veloz do que um cachorro!



Ricardo da Cunha Lima





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terça-feira, 25 de setembro de 2007

Frase de Pára-Choque de Caminhão

Essa é para a semana do trânsito (rs)!!



Se não gosta de como eu dirijo saia da calçada!



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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Leilão de Jardim




















Quem me compra um jardim com flores?

borboletas de muitas cores,

lavadeiras e passarinhos,

ovos verdes e azuis nos ninhos?

Quem me compra este caracol?

Quem me compra um raio de sol?

Um lagarto entre o muro e a hera,

uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?

E este sapo, que é jardineiro?

E a cigarra e a sua canção?

E o grilinho dentro do chão?

(Este é meu leilão!)



Cecília Meireles

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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Primavera














A Primavera explodiu
em folhas e cores novas!
Quem fez tudo ninguém viu
mas as flores são as provas...


Clevane Pessoa de Araújo Lopes


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Valeu!!!!

Olha que graça é a minha amiga Betty Mello...


Ganhou um lindo trevo da sorte e veio correndo me presentear também.

Valeu Betty... vc é muito especial!


Beijos

NO JARDIM



Jardineiro, jardineiro
Vai regar o teu canteiro
Lindas flores
Lindas flores
Colherás o ano inteiro



Helena Pinto Vieira



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terça-feira, 18 de setembro de 2007

O QUE É, O QUE É?














Quase sempre pequenina,
Cabe na palma da mão.

A gente revira a terra,
Faz uma cova bem funda,
E a coloca lá dentro.

Espera-se dias e dias.
Logo um caule verde e lindo
Começa a romper o chão.

E cresce, cheio de vida,
Aos claros raios do sol.

O que se vê é tão belo,
Tem perfume, flor e fruto
Tem ninho de passarinho.

Já descobriu quem sou?
Quem é que vira isto tudo,
Depois de bem plantadinha?
Vamos: um, dois, três, isso mesmo,
É a...



Maria Lúcia Godoy



Para quem não conseguiu descobrir a resposta, aí vai....

R: A Semente da Árvore

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Campo de Girassóis















No céu, o sol.
No campo, a flor.

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar.
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar.

Ao som daquela dança
Girassol virou criança.



Iêda Dias


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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A Flor e o Vento



Nuvem vai-e-vem
ritmado,
a flor realiza
o movimento
de um bailado
orquestrado
pelo vento.

Parece a cada
compasso
que a flor vive
indecisa.
Não sabe se abraça
a terra,
não sabe se voa
com a brisa.



Hardy Guedes

ABC da Flor





Flor-abelha
Flor-alegria
Flor-alimento
Flor-amor
Flor-beleza
Flor-borboleta
Flor-colibri
Flor-orvalho
Flor-perfume
Flor-silêncio
Flor-sonho
Flor-vida,
Vida de flor.



Cleonice Rainho

domingo, 16 de setembro de 2007

Dia da Árvore / Primavera


Pra quem está precisando de músicas para trabalhar com as crianças ou fazer apresentações referentes à estas datas, aí vão os links do meu DV com músicas que eu mesma reuni , organizei e agora disponibilizo para download aqui pra vocês.


Músicas:

Para o Dia da Árvore, clique ▬► AQUI

Para a Primavera, clique ▬► AQUI

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sábado, 15 de setembro de 2007

O Jardim na Primavera

A Orquídea no jardim
É das flores a mais bela
Pena que nem todos podem
Sentir o perfume dela

É o que vamos contar
Aqui nesta historinha
Que fala da aventura
De uma verde Lagartinha

Era verde como a grama
Com faixinhas amarelas
Admirava suas pétalas
Nunca viu flores tão belas

Queria cheirar seu néctar
O odor de seu perfume
Mas não sabia voar
Como faz o Vaga-lume

Vivia a flor num galho
Do pé de Ipê-amarelo
Parecia muito alta
Como a torre de um castelo

A Lagarta pequenina
Decidiu fazer assim:
Pedir ajuda aos insetos
Que moravam no jardim

Foi falar com a Cigarra
Que não quis lhe ajudar
Ficava com sua guitarra
O dia inteiro a cantar

Ela tentou outra vez
Foi falar com o Besouro
Que não queria voar
Pois seu tempo vale ouro

Nossa amiga insistente
Encontrou a Carochinha
Ela estava ocupada
Brincando de amarelinha

Pensou que era sua chance
Ao encontrar as Formigas
Que só brincavam de roda
Cantando suas cantigas

Persistente foi falar
Desta vez com as Joaninhas
Que só pintavam bolas
Coloridas nas asinhas

E por ser determinada
Foi chamar as Abelhinhas
Que tinham que fazer mel
Dentro de suas casinhas

Não perdeu a esperança
Com o Grilo foi falar
Mas por ele ser atleta
Só tem tempo pra treinar

Por ela não desistir
A Libélula lhe diz:
Não posso abandonar
Meu ninho nessa raíz

Então ela foi pedir
Pra Centopéia uma ajuda:
Que não podia ajudar
Pois se achava tão miúda

Não quis mais pedir apoio
Viu a Aranha em sua frente
Correu o quanto podia
E descansou finalmente

Estava triste e cansada
Ninguém quis lhe ajudar
Estavam tão ocupados
Com causa particular

A canseira deu soninho
Pegou num sono profundo
Envolveu-se num casulo
Parecia outro mundo

Quando ela acordou
Seu corpo era diferente
Agora tinha duas asas
Voou assim de repente

Passeou pelo jardim
Ficaram todos pasmados
O inseto rastejante
Ficou todo transformado


Era uma linda Borboleta
Com asas multi-colores
A voar pelo jardim
E pousar nas belas flores

Então ela resolveu
Viver seu sonho enfim
Pousar na bela Orquídea
A flor mais bela do jardim

Sentiu a maior doçura
No perfume desta flor
E beijar seu néctar doce
Foi um ato de amor

Eis uma lição de vida
Que a borboleta nos diz:
Viva o seu próprio sonho
Pra ser muito mais feliz



Tchello d'Barros

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Tubarão (Música)

É um peixinho ou um peixão?
Quem é que pode com o tubarão?
É um peixinho ou um peixão?
Quem é que pode com o tubarão?

Tu tu tubarão
Quem é que pode com o tubarão?
Tu tu tubarão
Quem é que pode com o tubarão?

Pode ser até bacana
Assistir pela televisão
Mas de perto uma banana
Eu sou valente mas com ele não

Tu tu tu tu
Tu tu tubarão
Quem é que pode com o tubarão?
Tu tu tu tu
Tu tu tubarão
Quem é que pode com o tubarão?


Faça o download desta música ▬► AQUI

Ilustração --> Ivanerix


Esta música é parte integrante do CD "O Barquinho", gravado especialmente para compor a trilha sonora de uma peça teatral desenvolvida pela equipe da Escola Toque de Araraquara, que trabalha com crianças portadoras de necessidades educacionais especiais.



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Ainda atendendo ao pedido da Betty Mello.

Peixe-Serra e Tubarão-Martelo

- Vamos construir um castelo?
- Perguntou um Tubarão-Martelo.


- Só se for o mais lindo da terra!
- Respondeu o Peixe-Serra.


- Eu martelo, você serra!
- Eu serro, você martela!


- Eu martelo, você serra!
- Eu serro, você martela!


- E assim ficou pronto
Um castelo muito legal
Enfeitado com algas
E pintada de coral



Lalau


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Atendendo o pedido da querida amiga Betty Mello, uma poesia que fala sobre Tubarão.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Pomar

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Banana, bananeira
Goiaba, goiabeira
Laranja, laranjeira
Maçã, macieira
Mamão, mamoeiro
Abacate, abacateiro
Limão, limoeiro
Tomate, tomateiro
Caju, cajueiro
Umbu, umbuzeiro
Manga, mangueira
Pêra, pereira
Amora, amoreira
Pitanga, pitangueira
Figo, figueira
Mexerica, mexeriqueira
Açaí, açaizeiro
Sapoti, sapotizeiro
Mangaba, mangabeira
Uva, parreira
Coco, coqueiro
Ingá, ingazeiro
Jambo, jambuzeiro
Jabuticaba, jabuticabeira


Autores:
Paulo Tatit e Edith Derdik

Palavra Cantada


Faça o download desta música clicando ▬► AQUI
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Quem não conhece o Palavra Cantada, está convidado a conhecer.

Visite o site: Palavra Cantada


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A Árvore Que Dava Sorvete

No pólo norte
Tem árvore
Que dá sorvete.

De morango
Para as filhas
Do calango.

De chocolate
Para o cachorro
Do alfaiate.

De groselha
Para a gata
Da adélia.

E de uva
Para a filha
Da viúva.

No pólo norte
Tem árvore
Que dá sorvete.

Acredita?



Sérgio Capparelli

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A Flecha

Batem na porta de Dona Maria. Dona Maria abre. Diante dela está o Juquinha.

- Dona Maria, eu posso entrar lá no seu quintal?

- Não. Deixa que eu vou pra você. Que é que foi que caiu lá desta vez?

- Minha flecha.

- E onde é que ela está?

- Espetada no seu gato.


De Bem Com A Vida




Filó, a joaninha, acordou cedo.
– Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia.
– Alô, tia Matilde. Posso ir aí hoje?
– Venha, Filó. Vou fazer um almoço bem gostoso.

Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou os sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht...

Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta.
– Que lindo dia!
– E pra que esse guarda-chuva preto, Filó?
– É mesmo! – pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guarda-chuva.

De volta à floresta:
– Sapatinhos de verniz? Que exagero! – Disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta.
– É mesmo! – pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos.

De volta à floresta:
– Batom cor-de-rosa? Que esquisito! – disse Téo, o grilo falante.
– É mesmo! – disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom.
– Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? – disse a aranha Filomena.
– É mesmo! – pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido.

Cansada da tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo caminho. O sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio.

Chegando em casa, ligou para tia Matilde.
– Titia, vou deixar a visita para outro dia.
– O que aconteceu, Filó?
– Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho...
– Lembre–se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei te esperando com um almoço bem gostoso.

No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde.


Fábula de Nye Ribeiro
ilustrada por Nina Moraes


Retirada da revista Nova Escola.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Corrente da Amizade


Recebi um convite muito legal para participar da Corrente da Amizade.

O convite foi enviado pela Betty Mello, uma pessoa especial, dona do blog Canto-do-Conto.
Obrigada, Betty, pelo carinho e amizade.
Agora eu tenho que escolher 10 Blogs para indicar e convidar para participar da Corrente.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Meu Aniversário

Meu aniversário foi domingo, 02 de Setembro, mas só agora eu lembrei dessa poesia.
Então, mesmo que atrasada, aí vai:



Meu Aniversário

Hoje é o meu aniversário,
é um dia sem igual!
Eu queria que hoje fosse
feriado nacional!

Pedro Bandeira

sábado, 1 de setembro de 2007

O Futuro Como Eu Sempre Quis...




Cormercial da Fundação Telefônica

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Corpo Humano

Estou preocupado
com minha lição:
fazer o desenho
de um homem - à mão.

O rosto, uma pêra
O corpo, uma cruz
um V ao contrário
e as pernas compus.

Um olho de mico
O outro de gato
O nariz são dois pingos
As orelhas de um rato.

As mãos, duas luvas
A boca, um traço.
E antes que esqueça:
o cabelo, um chumaço.

Mas quanto defeito!
Que parco pescoço!
Um braço é mais curto!
Uma perna, só osso.

Enfim, um desenho
E nem acredito
Como foi que criei
O Homem-Palito.


Wagner Calmon

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Hoje é Domingo

Hoje é domingo
pede cachimbo

O cachimbo é de barro
bate no jarro

O jarro é fino
bate no sino

O sino é de ouro
bate no touro

O touro é valente
bate na gente

A gente é fraco
cai no buraco

O buraco é fundo
acabou-se o mundo!

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* Dstaque para a palavra em negrito na segunda linha da parlenda:
Hoje é domingo
PEDE cachimbo

PEDE = verbo PEDIR
e não Pé-de-Cachimbo, pois cachimbo não nasce em árvore!!!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Os Sonhos do Saci

Saci-Pererê
saracoteia na mata.
Saci-Pererê
só assusta, não mata.

Saci sirigaita,
solitário e sabichão.
Saci agarra a gaita
e toca uma canção.

Saci, lá no sítio,
apronta um sururu.
Saci, em seu sonho,
dança o cururu.

Saci, em seu sonho,
é mais serelepe.
Saci, em seu sonho,
é bem mais risonho,
é bem mais moleque.

Saci, lá na selva,
salta e samba só.
Saci, lá na relva,
sonha que dá dó.

Com quem sonha o Saci?
Saci, com quem será?

-Eu sonho com duas pernas,
saltando de lá pra cá...

Elias José

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Saci-Pererê

Bonequinho preto
de uma perna só,
cachimbo na boca
e gorro vermelho
— fogo vivo de suas magias.


Original e engraçadinho
podia ser de qualquer cor
ou de qualquer raça,
esse negrinho,
pois já virou
até passarinho...


Molequinho esperto
levado, faz artes
como Pedro Malazartes
e pelas estradas
aos viajantes persegue
— traidor como quê
esse Saci-Pererê.


Mas no nosso carro,
ele dança e pula
com um pé só,
sem ouvir vovó
que conta sua lenda e diz:
— Pra nós é um mascote,
símbolo de sorte
dessa viagem feliz.


Cleonice Rainho

domingo, 12 de agosto de 2007

Papai

Papai, quero dar-lhe um abraço
Meu eterno campeão
Das lutas da vida e do cansaço
Você está em meu coração.

Papai, você é tão alto!
Adoro calçar seu sapato!
- Meu filho, vem cá! - Você me chama.
Adoro vestir seu pijama!

Papai, você é meu amigo
Herói que vence o perigo
Sua coragem me espanta
Seu amor me encanta.




Rosângela Trajano






Imagens da capa do Cartão feito pelas crianças em homenagem ao Dia dos Pais.
Pintura do coração com cola colorida em diversas cores pelas crianças,
recorte e colagem no papel sulfite amarelo pela professora.
Para ver as imagens em tamanho grande, basta clicar com o mouse.

O Menino Maluquinho

Este trecho do livro vai em homenagem à todos os papais, que nos ensinam e ensinaram muito do que sabemos hoje, desde as mais variadas travessuras e brincadeiras, até as maiores lições das quais levaremos para toda a vida e que com orgulho repassaremos aos nossos filhos.


O Menino Maluquinho

A pipa que o menino maluquinho soltava
era a mais maluca de todas
rabeava lá no céu
rodopiava adoidado
caía de ponta cabeça
dava tranco e cabeçada
e sua linha cortava
mais que o afiado cerol.
E a pipa
quem fazia
era mesmo o menininho
pois ele havia aprendido
a amarrar linha e taquara
a colar papel de seda
e a fazer com polvilho
o grude para colar
a pipa triangular
como o papai
lhe ensinara
do jeito que havia
aprendido
com o pai
e o pai do pai
do papai.

Ziraldo

O Menino Maluquinho. p.49

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Aquarela - Faber Castell

Para quem ficou lembrando da propaganda da Faber Castell quando assistiu ao clipe oficial feito pelo Mundo da Criança postado aqui anteriormente, aqui vai o vídeo para recordar e matar a saudade.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

DVD - Toquinho no Mundo da Criança

Um presente para quem ainda não conhece este DVD maravilhoso lançado em 2004, que além da animação da música Aquarela, traz ainda os clipes de O Pato, O Caderno, A Casa, Errar é Humano, Bicicleta, e o tema do Mundo da Criança.


Assista agora ao clipe da música AQUARELA








Link para download deste Clipe ▬► AQUARELA

domingo, 17 de junho de 2007

Patrulha Ecológica

Ei, Coronel,
Cabeça de papel!
Deixa de moleza
E cuida da natureza!
Quem derrubou a mata?
Quem os peixes mata?
Quem polui o mar?
E envenena o ar?
Um, dois, três, quatro!
Salva peixe,
Salva bicho,
Salva gente,
Salva mato!
Cinco, seis, sete e oito!
Depois da vigília
Café com biscoito.


Maria Dinorah

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O que é, o que é?

É verde, não é capim

É branco, não é algodão

É vermelho, não é sangue

É preto, não é carvão



R: A melancia


Imagem 1: Pintura dentro do limite com cola colorida na cor vermelha imitando a polpa da melancia, pintura em volta com cola colorida na cor verde imitando a casca da melancia e colagem de bolinhas de papal crepom preta simbolizando as sementes da melancia.
Imagem 2: polpa da melancia na cor vermelha previamente colada pela professora, confecção e colagem das bolinhas de crepom pretas pelas crianças e pintura com cola colorida verde pelas crianças.

Imagens dos trabalhos feitos pelos alunos
Nícolas de 4 anos e Paulo de 3 anos.

Para vê-las ampliadas, basta clicar sobre a imagem.

sábado, 2 de junho de 2007

Ursinho de Pelúcia
















Meu ursinho de pelúcia,
gracioso, é marrom.
Tem um laço no pescoço
e um sorriso de urso bom!

Seus olhinhos são redondos
parecem caramelos,
seu nariz é pequenino,
tem pontinhos amarelos.

Durmo com ele nos braços,
ou o aperto entre as mãos,
amassando-lhe o laço,
ai, amigo, que aflição!
.
Quando o ponho a desabar,
estatelado ao chão,
creio que ele irá pensar
que não tenho coração.



Maria da Graça Almeida

Ou Isto Ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!


Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.


É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!


Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.


Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!


Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.



Cecília Meireles




Imagens das capas dos livros publicados.

Adivinhas

Adivinha ou Charada são adivinhações feitas com palavras, problemas em que se dão indicações para que se descuibra a palavra-chave previamente escolhida.


Vamos adivinhar ???


Lá vai:



O que é, o que é

Que entra na água,
mas não se molha?




R: A SOMBRA

Trava Língua (sem título)

É fato ou fofoca que feia e fora de foco

ficou a foto feita com a fofa foca de fita

que é fogo e ficou fazendo fita até a foto

desfocar?


Marciano Vasques

Ilustração: Marcello Araújo
Na revista "Ciência Hoje das Crianças"

sábado, 19 de maio de 2007

A Seca e o Inverno









Na seca inclemente no nosso Nordeste
O sol é mais quente e o céu, mais azul
E o povo se achando sem chão e sem veste
Viaja à procura das terras do Sul


Porém quando chove tudo é riso e festa
O campo e a floresta prometem fartura
Escutam-se as notas alegres e graves
Dos cantos das aves louvando a natura

Alegre esvoaça e gargalha o jacu
Apita a nambu e geme a juriti
E a brisa farfalha por entre os verdores
Beijando os primores do meu Cariri

De noite notamos as graças eternas
Nas lindas lanternas de mil vaga-lumes
Na copa da mata os ramos embalam
E as flores exalam suaves perfumes

Se o dia desponta vem nova alegria
A gente aprecia o mais lindo compasso
Além do balido das lindas ovelhas
Enxames de abelhas zumbindo no espaço

E o forte caboclo da sua palhoça
No rumo da roça de marcha apressada
Vai cheio de vida sorrindo e contente
Lançar a semente na terra molhada

Das mãos deste bravo caboclo roceiro
Fiel prazenteiro modesto e feliz
É que o ouro branco sai para o processo
Fazer o progresso do nosso país

Cordel de Patativa do Assaré,
ilustrado por Joana Lira

Retirado da revista Nova Escola - Edição Especial: Contos para Crianças e Adolescentes - Vol.1



Cordel

O que é Literatura de Cordel??

A literatura de cordel é um tipo de poesia narrativa popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola.



Existem rimas feitas de improviso que se assemelham aos poemas de cordel, porém aí já ganham outra conotação: a embolada e outros repentes são exemplos. .............................................................................................................................. Ele tem uma importância muito grande para a nossa cultura, pois estimula o dom natural daqueles que fazem rimas populares. .................................................................................................................................

Para uma poesia ser considerada Literatura de Cordel, as características fundamentais são simplicidade, através do uso de termos compreensíveis, sem
necessariamente compor um texto forçado; relato, considerando que a poesia de cordel deve conter uma história; e rima, dentro daqueles estilos tradicionais.

"O cordel veio da Europa

no fim do século passado

no Nordeste do Brasil

ele foi bem implantado

e os poetas conseguiram

com ele bom resultado. "

José Francisco Borges

Fontes:

Site - Poemas de Cordel
Wikipédia

Se a terra não existisse, a gente pisava onde?

Tênis é de lona e borracha. Cueca é de pano e elástico. Caderno é de arame e folha de papel. Televisão é de plástico com uma antena em cima e uma tela na frente.

Casa é feita de telhado, parede, piso, porta e janela. Vaca é de couro, chifre e quatro tetas pingando leite. Cachorro é um ônibus peludo cheio de pulgas. Ser humano é feito de carne, osso, coração e idéias na cabeça.

E o mundo em que vivemos?
O mundo é um monte de terra cercada de água por todos os lados.

A água é o mar, o rio, o lago, a chuva, a poça, a lágrima e o cuspe.

A terra é a terra mesmo.
Tem gente que pensa que terra só serve para cavar buraco no chão, para ser hotel de minhoca, para enfiar poste de luz ou então para sujar o pé de lama em dia de chuva, mas não é nada disso.

Se não fosse a terra, a gente pisava onde?
Se não fosse a terra, a gente construía nossa casa onde?
E as cidades? E as estradas? E os campinhos de futebol?
Sem a terra a gente não ia jogar bola nunca mais!

Uma vez eu tive um sonho. Sonhei que estava dormindo com vontade de fazer xixi. Continuei sonhando e pulei da cama. Pobre de mim! Quando pisei no chão, descobri que naquele sonho não existia chão. Lá fui eu caindo, despencando, voando, esvoaçando. O mundo ali era um lugar sem terra, por isso tudo vivia boiando no ar. Saí do quarto, fui voejando, passei pela sala cheia de cadeiras, móveis e mesas voando e cheguei no banheiro. Lá dentro, o chuveiro, a pia e a privada pareciam umas coisas brancas flutuando no espaço. Fui tentar fazer xixi, mas a privada não parava quieta. A vontade apertava cada vez mais. Tentei fazer pontaria, caprichei na mira, mas não deu. No fim, o sonho acabou. Acordei todo molhado com meu irmão, lá embaixo, gritando socorro. Acontece que a gente dorme em cama beliche, eu em cima e ele embaixo. Meu irmão me xingou de tudo quanto foi nome. Expliquei a ele que se não fosse a terra firme o beliche estaria voando e aí, sim, ia ser muito pior.

Pensando bem, a terra é a coisa mais importante do mundo em que vivemos. Ela é o solo, o chão, a gleba, o piso, o porto, o lugar onde a gente fica em pé e constrói a vida.
Para falar a verdade, a terra é uma espécie de mãe. A mãe de todos nós.

De onde vêm as árvores para dar sombra e segurança?
Da terra.
De onde vêm as frutas para a gente chupar? Da terra.
De onde vem a nascente do rio? E a flor? E o passarinho?
E a onça? E a tartaruga? E a borboleta? E o macaco? E o besourinho? E todos os bichos do mundo inteiro menos os peixes e as estrelas-do-mar?

Sem a terra, não ia ter nem milho, laranja, caqui, jabuticaba, banana, pêra, uva, cacau, pitanga, mexerica, romã, maçã, abacate, melancia, abacaxi, nem amendoim nem nada. O mundo ia ser só um monte de coisa nenhuma cercado de água para todos os lados.

Mas a terra tem seus truques. Ela não gosta de ser maltratada, não senhor!
Quando fazem queimadas ou destroem o mato ou enchem o chão de lixo e porcaria a terra fica triste vira deserto, corpo árido, seco, estéril, que não dá mais nada.

Ela, que era generosa, formosa, úmida, florida, risonha, fofa, macia, fértil, cheia de sombra, cheia de perfume, cheia de riachinhos, borboletas, besourinhos, bichinhos e bichões, de repente fica tão dura e rachada que só consegue inventar pó, areia e desolação.

Se a terra fosse um deserto ia ter chão, mas como a gente ia ficar?


Conto de Ricardo Azevedo, (extraído do livro Você Me Chamou de Feio, Sou Feio mas Sou Dengoso, publicado pela Fundação Cargill)
Ilustrado por Roger Mello


Retirado da revista Nova Escola - Edição Especial: Contos para Crianças e Adolescentes - Vol.1


Recado Fantasma


Tudo começou quando nos mudamos para aquela casa. Era um antigo sobrado, com uma grande varanda envidraçada e um jardim. Eu me sentia tão feliz em morar num lugar espaçoso como aquele, que nem dei atenção aos comentários dos vizinhos, com quem fui fazendo amizade. Eles diziam que a casa era mal-assombrada. Alguns afirmavam ouvir alguém cantando por lá às sextas-feiras.

– Deve ser coisa de fantasma! – falavam.
– Se existe, nunca vi! – E então contava a eles que as casas antigas, como aquela, com revestimentos e assoalho de madeira, estalam por causa das mudanças de temperatura. Isso é um fenômeno natural, conforme meu pai havia me explicado. Mas meus amigos não se convenciam facilmente. Apostavam que mais dia menos dia eu levaria o maior susto.

Certa noite, três anos atrás, aconteceu algo impressionante. Meus pais haviam saído e eu fiquei em casa com minha irmã, Beth. Depois do jantar, fui para o quarto montar um quebra-cabeça de 500 peças, desses bem difíceis.

Faltava um quarto para a meia-noite. Eu andava à procura de uma peça para terminar a metade do cenário quando senti um ar gelado bem perto de mim. As peças espalhadas pelo chão começaram a tremer. Vi, arrepiado, cinco delas flutuarem e depois se encaixarem bem no lugar certo. Fiquei tão assustado que nem consegui me mexer. Só quando tive a impressão de ouvir passos se afastando é que pude gritar e sair correndo escada abaixo. Minha irmã tentou me acalmar, dizendo que tudo não passava de imaginação, mas eu insisti e implorei que ela viesse até o quarto comigo. Uma segunda surpresa me esperava: o quebra-cabeça estava montado, formando a imagem de uma casa com um jardim bem florido. No entanto, meu jogo formava o cenário de uma guerra espacial, eu tinha certeza!

No dia seguinte, fui até a biblioteca pesquisar o tema. Eu e Beth encontramos dúzias de livros que tratavam de fatos extraordinários e aparições. E a explicação para eventos desse tipo foi a seguinte:
--------------------------------------------------------------
*
--------------------------------------------------------------

Hoje minha casa tem o jardim mais bonito da rua. Centenas de lindas margaridas brancas florescem a maior parte do ano (para total espanto da vizinhança). O fantasma? Nunca mais vi. Decerto passeia feliz pelo jardim, nas noites de lua cheia.


*Espaço reservado para a imaginação da turminha.


Conto de Flavia Muniz,
ilustrado por Rogério Nunes



Retirado da revista Nova Escola - Edição Especial: Contos para Crianças e Adolescentes - Vol.1

O Hábito da Leitura






Ilustração de Ivanerix

A leitura tem uma função muito importante no desenvolvimento infantil e deve ser feita diariamente. O hábito de leitura deve ser criado muito cedo. As crianças devem conviver com os livros antes mesmo de aprender a ler, ainda bebês. Nesta fase, poderão fazer parte do baú de brinquedos os livros de pano.
...

Quando a criança ainda não sabe ler sozinha, é o adulto quem deve fazê-la . Ao ler em voz alta, estamos motivando e mostrando à criança que consideramos esta prática importante e benéfica.
...

Estratégias durante a leitura também ajudam a prender a atenção das crianças e torná-la prazerosa, como mudar a voz, fazer clima de suspense, etc.
...

A rotina da leitura também não deve ser desprezada, pode-se escolher um local e um horário para fazê-la e criar o hábito.
...

É importante ressaltar ainda, que não devemos limitar a leitura feita com as criaças à textos narrativos e sim, apresentar diferentes gêneros textuais (como poesias, contos de fada, cartas, bilhetes, receitas culinárias, reportagens jornalísticas, piadas, histórias, convites, etc) e diferentes portadores textuais (como livros, revistas, gibis, jornais, etc).
...

É tarefa dos pais e professores fazer com que as crianças tenham, ao alcance da mão, livros de boa qualidade, de maneira que possam se acostumar à boa literatura. Uma vez que a criança tenha desenvolvido o interesse pela leitura, é pouco provável que o perca, especialmente se tiver adquirido desde cedo o hábito de ler. Embora desenvolva outros interesses e algumas vezes não tenha muito tempo para ler, cedo ou tarde a criança retomará o hábito da leitura.

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É importante que os pais participem com as crianças e, principalmente, que lhes dêem o exemplo. As crianças cujos pais lêem certamente também o farão. Uma boa idéia é dar livros de presente no Natal e nos aniversários e possuir uma biblioteca aberta a todos os membros da família. Há uma grande diferença entre ler porque a leitura é obrigatória para o estudo e ler por prazer ou educação. É importante estimular a leitura na criança como uma experiência valiosa e prazerosa. Isso será uma grande fonte de satisfação tanto para as crianças quanto para os adultos que as acompanharem nesta aventura.
...

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Marcas de Dedos

Agora deixo o versinho e a capa do cartão que fiz com as crianças para o
Dia das Mães.


Marcas de Dedos

Às vezes, você se aborrece
Porque ainda sou criancinha
E sempre deixo marcas de dedos
Nos móveis da casa inteirinha.


Mas estou crescendo dia a dia
E logo adulto vou ser
E essas marcas de dedos
Vão todas desaparecer.


Agora deixo uma marca bem especial
Pra você nunca esquecer
Como eram meus dedinhos
Antes de eu crescer.


Para você mamãe, com todo o meu carinho!!


Autor Desconhecido

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Ensaiei uma música para homenagear as Mães (na verdade duas, porque tenho uma turma em cada período).
Para a turma da manhã, composta por crianças de 2 anos e meio à 3, eu ensaiei a música Mamãe me Faz um Cafuné - Trem da Alegria, e para a turma da tarde, composta por crianças de 3 à 4 anos, ensaiei a músicas Eu Amo Você - Coleção Calendário Criança Feliz. Vou deixar o link para download das músicas para quem quiser baixá-las.

Mamãe Me Faz Um Cafuné

Eu Amo Você

Dias das Mães

Fiquei como louca procurando uma poesia do Sérgio Capparelli para fazer o cartão de Dia das Mães com meus alunos. Algumas amigas do Orkut até tentaram me ajudar, mas depois acabei conseguindo achar sozinha. A poesia se chama "Mãe", e eu já tinha até bolado como ia fazer o cartão com as crianças e como seria a frente deste cartão. No fim das contas, acabei mudando de idéia e coloquei no cartão um versinho chamado "Marcas de Dedos" (autor desconhecido).


Mãe

De patins, de bicicleta

de carro, moto, avião

nas asas da borboleta

e nos olhos do gavião

de barco, de velocípedes

a cavalo num trovão

nas cores do arco-íris

no rugido de um leão

na graça de um golfinho

e no germinar do grão

teu nome eu trago, mãe,

na palma da minha mão.


Sérgio Capparelli

Vou deixar aqui o link de uma das pastas do meu Disco Virtual com músicas para download reunidas e organizadas por mim, referentes às Datas Comemorativas. São músicas que eu acredito que possam ser úteis tanto no trabalho do dia-a-dia, quanto para as homenagens e apresentações que fazemos nas escolas.

Se quiser visualizar o meu DV com mais de 70 músicas para a homenagem de DIA DAS MÃES, clique ==► AQUI .

É só escolher as músicas que quiser baixar e começar o download.

sábado, 5 de maio de 2007

Tatu

♦ - Alô, o tatu taí?
- Não, o tatu num tá. Mas a mulher do tatu tando é o mesmo que o tatu tá.










=> Clique na imagem para vê-la ampliada.


.

Trava Língua

Trava língua é uma brincadeira em que um conjunto de palavras formam uma frase bem complicada de repetir porque o som é muito parecido.

Além de aperfeiçoar a pronúncia, o trava língua serve para você se divertir com os amigos pois são muito engraçados.

Aqui estão alguns para você começar a praticar e ficar craque na brincadeira do trava língua.


Sabiá

♦ Sabia que a mãe do sabiá sabia que sabiá sabia assobiar?



Sabiá (Variação)

♦ Sabia que o sabiá sabia assobiar?



..

domingo, 29 de abril de 2007

Sem Barra

Enquanto a formiga

carrega comida
para o formigueiro,
a cigarra canta,
canta o dia inteiro.

A formiga é só trabalho.

A cigarra é só cantiga.

Mas sem a cantiga
da cigarra
que distrai da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga!

José Paulo Paes


As crianças fizeram as formiguinhas de bolinha de papel crepom marrom, colaram no caminho que leva até o formigueiro, desenharam as patinhas das formigas e pintaram todo o desenho.

Imagem da atividade realizada pelo aluno Nícolas de 4 anos.
Para vê-la ampliada, basta clicar sobre a foto.

A Bailarina



Esta Menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina

Não conhece nem dó nem ré,
Mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá,
Mas inclina o corpa para lá e para cá.

Não conhece nem lá nem si,
Mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
E não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
E diz que caiu do céu.

Esta Menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina

Mas depois esquece todas as danças,
E também quer dormir como as outras crianças.


Cecília Meireles





Dobradura simples e colagem feitas pelas crianças, de forminha de doce e desenho com hidrocor completando a cena.

Imagens dos trabalhos feitos pelos alunos
Nícolas e Henri de 4 anos.
Para vê-las ampliadas, basta clicar sobre a imagem.