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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Folclore

O ano passado eu postei esta mesma poesia aqui. Porém, agora tenho as imagens das aitivdades que realizei com meus alunos. Por conta disso, posto novamente.

Eu não usei a poesia inteira com meus alunos pois ela é muito longa, peguei apenas um trecho que considerei mais interessante para eles.


Os Sonhos do Saci

Saci-Pererê
saracoteia na mata.
Saci-Pererê
só assusta, não mata.

Saci sirigaita,
solitário e sabichão.
Saci agarra a gaita
e toca uma canção.

Saci, lá no sítio,
apronta um sururu.
Saci, em seu sonho,
dança o cururu.

Saci, em seu sonho,
é mais serelepe.
Saci, em seu sonho,
é bem mais risonho,
é bem mais moleque.

Saci, lá na selva,
salta e samba só.
Saci, lá na relva,
sonha que dá dó.

Com quem sonha o Saci?
Saci, com quem será?

-Eu sonho com duas pernas,
saltando de lá pra cá...





Elias José
.
.
Atividade gráfica 1: Dobradura com ajuda, colagem e desenho.
Idade do aluno: 3 anos
Atividade gráfica 2: Dobradura com ajuda, colagem e desenho.
Idade do aluno: 4 anos.

domingo, 3 de agosto de 2008

Morre o autor e poeta Elias José - (1936 - 2008)

Morreu ontem (02/08/2008) e foi enterrado na cidade de Guaxupé (MG).

O escritor e professor Elias José morreu aos 72 anos em Santos, no litoral paulista, na manhã deste sábado. O escritor passava férias no Guarujá, quando contraiu uma pneumonia.

Elias José nasceu em Guaranésia e com 13 anos mudou se para Guaxupé, no Sul de Minas. O escritor, que lançou o primeiro livro em 1976, produziu mais de cem títulos e recebeu vários prêmios, no Brasil e no exterior.

Autor de contos, poeta e romancista, uma das especialidades do escritor era a literatura infanto- juvenil.

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ELIAS JOSÉ

Elias José nasceu em Santa Cruz da Prata, distrito do município de Guaranésia, Minas Gerais, em 25 de agosto de 1936. Além de escritor, Elias José é professor aposentado de Literatura Brasileira e de Teoria da Literatura na Faculdade de Filosofia de Guaxupé (FAFIG), tendo atuado também como vice-diretor, diretor e coordenador do Departamento de Letras e como professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira na Escola Estadual Dr. Benedito Leite Ribeiro.

Elias José estreou em livro com “A Mal-Amada”, em 1970, com apoio de Murilo Rubião, que reunia contos publicados em suplementos literários do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Portugal. Antes disso, já tinha conquistado o segundo lugar no Concurso José Lins do Rego da Livraria José Olympio Editora, em 1968.

Em 1971, publicou “O Tempo”, “Camila”, “Minicontos”. Em 1974, “Inquieta Viagem no Fundo do Poço” e “Contos”, ambos na Imprensa Oficial, sendo que este último ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro (CBL) como Melhor Livro de Contos de 1974 e o prêmio Governador do Distrito Federal como Melhor Livro de Ficção de 1974.

Elias José tem contos e poemas traduzidos e publicados em revistas literárias e antologias de autores brasileiros no México, Argentina, Estados Unidos, Itália, Polônia, Nicarágua e Canadá. Já foi várias vezes selecionado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) para representar o Brasil em feiras de livros internacionais. Jurado de vários concursos literários, ministra cursos, oficinas e palestras, tendo participado de vários congressos de educação, lingüística e literatura.


fonte


. . .


Tem Tudo a Ver


A poesia
tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música
do mundo.

A poesia
tem tudo a ver
com o sorriso da criança,
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.

A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vôo e o canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia
— é só abrir os olhos e ver —
tem tudo a ver
com tudo.


Elias José

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Poesia - A Joaninha

A Joaninha
com suas pretas pintinhas
e seu corpo de brasa acesa
é uma graça, uma beleza.
É a coisa mais fofinha
de toda a natureza.

Sabendo de sua beleza,
a Joaninha se olha no espelho
cheia de vaidade
e ajeita bem as pintinhas
como se fosse à cidade.

A Joaninha
tá gordinha,
mas dá gosto de ver,
dia e noite,
noite e dia,
não pára de comer.

A Joaninha
só tem grande medo
quando vê um passarinho.
Pra se salvar, a Joaninha
também tem o seu segredo:
solta logo um cheirinho
que tonteia o passarinho.


Elias José




Atividade gráfica realizada pelo aluno Henri de 4 anos.
Dobradura simples do círculo e desenho com hidrocor.

domingo, 20 de abril de 2008

Caixa mágica de surpresa














Um livro
é uma beleza,
é caixa mágica
só de surpresa.

Um livro
parece mudo,
Mas nele a gente
descobre tudo.

Um livro
tem asas
longas e leves
que, de repente,
levam a gente
longe, longe

Um livro
é parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.

Um livro é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata do mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.


Elias José
.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Os Sonhos do Saci

Saci-Pererê
saracoteia na mata.
Saci-Pererê
só assusta, não mata.

Saci sirigaita,
solitário e sabichão.
Saci agarra a gaita
e toca uma canção.

Saci, lá no sítio,
apronta um sururu.
Saci, em seu sonho,
dança o cururu.

Saci, em seu sonho,
é mais serelepe.
Saci, em seu sonho,
é bem mais risonho,
é bem mais moleque.

Saci, lá na selva,
salta e samba só.
Saci, lá na relva,
sonha que dá dó.

Com quem sonha o Saci?
Saci, com quem será?

-Eu sonho com duas pernas,
saltando de lá pra cá...

Elias José

domingo, 22 de abril de 2007

É Sempre Era Uma Vez











Resolvi criar o blog inspirada e incetivada pela amiga Cláudia , que tem um excelente blog de músicas infantis, coisa rara.

Então fiquei pensando em um nome que fosse legal para o blog, mas nada me vinha à mente. Não poderia se chamar Poesias para Crianças, porque não será um blog só de poesias. Também não daria certo colocar no nome tudo o que pretendo incluir aqui.

Fui numa banca de revistas e comprei a edição especial da revista Nova Escola "Era Uma Vez". Na capa dizia "23 poemas, canções, contos e outros textos para enriquecer o repertório dos seus alunos". Pronto!! Decidi que este seria o nome do blog "Era uma Vez" !!

Comecei a criar o blog e para isso, é necessário escolher um endereço válido, ou seja, que ainda não tenha sido usado por ninguém. Coloquei lá: eraumavez.blogspot.com e adivinhem??? Alguém já está usando esse endereço! Tentei outros endereços e nada dava certo.

Abri a revista e comecei a ler. Foi então que cheguei num poema de Elias José que me inspirou. Até me identifiquei com ele, quando fala da professora que teimava em ser cantora, pois eu queria muito saber cantar bonitinho e fico treinando a voz com os coitados dos meus alunos.

Enfim, o endereço do blog ficou
" http://www.sempreeraumavez.blogspot.com/ " graças à Elias José.


E aí vai o poema:

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É Sempre Era Uma Vez

Era uma vez uma cachorrinha,
muito alegre e assanhadinha.

Era uma vez um tal Marcelo,
que se achava muito belo.

Era uma vez um tal João,
que comia sorvete com feijão.

Era uma vez um cachorrão,
enjoado, latidor e folgadão.

Era uma vez um palhaço,
que só levava tombaço.

Era uma vez um sacristão,
que tocava sino com o dedão.

Era uma vez uma professora,
que teimava em ser cantora.

Era uma vez um safado prefeito,
que dizia: não tenho defeito!

Era uma vez um meu colega,
que levou uma boa esfrega

Era uma vez um músico italiano,
que, com pé, tocava seu piano.

Era uma vez um aloprado cientista,
que passava xixi na vista.

Era uma vez um feioso estudante,
que se dizia muito belo e elegante.

Era uma vez uma desajeitada menina,
que misturava perfume com gasolina.

Era uma vez o famoso Chico Peão,
que contou vantagem e foi pro chão.

Era uma vez uma tal dona Inês,
que tinha cão listrado e gato xadrez.

E eu quero saber agora
o resto destas histórias.

Conte de uma só vez,
quando chegar a sua vez.

Elias José