Estou preocupado
com minha lição:
fazer o desenho
de um homem - à mão.
O rosto, uma pêra
O corpo, uma cruz
um V ao contrário
e as pernas compus.
Um olho de mico
O outro de gato
O nariz são dois pingos
As orelhas de um rato.
As mãos, duas luvas
A boca, um traço.
E antes que esqueça:
o cabelo, um chumaço.
Mas quanto defeito!
Que parco pescoço!
Um braço é mais curto!
Uma perna, só osso.
Enfim, um desenho
E nem acredito
Como foi que criei
O Homem-Palito.
Wagner Calmon
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Corpo Humano
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Hoje é Domingo
Hoje é domingo
pede cachimbo
O cachimbo é de barro
bate no jarro
O jarro é fino
bate no sino
O sino é de ouro
bate no touro
O touro é valente
bate na gente
A gente é fraco
cai no buraco
O buraco é fundo
acabou-se o mundo!
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* Dstaque para a palavra em negrito na segunda linha da parlenda:
Hoje é domingo
PEDE cachimbo
PEDE = verbo PEDIR
e não Pé-de-Cachimbo, pois cachimbo não nasce em árvore!!!
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Os Sonhos do Saci
Saci-Pererê
saracoteia na mata.
Saci-Pererê
só assusta, não mata.
Saci sirigaita,
solitário e sabichão.
Saci agarra a gaita
e toca uma canção.
Saci, lá no sítio,
apronta um sururu.
Saci, em seu sonho,
dança o cururu.
Saci, em seu sonho,
é mais serelepe.
Saci, em seu sonho,
é bem mais risonho,
é bem mais moleque.
Saci, lá na selva,
salta e samba só.
Saci, lá na relva,
sonha que dá dó.
Com quem sonha o Saci?
Saci, com quem será?
-Eu sonho com duas pernas,
saltando de lá pra cá...
Elias José
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Saci-Pererê
Bonequinho preto
de uma perna só,
cachimbo na boca
e gorro vermelho
— fogo vivo de suas magias.
Original e engraçadinho
podia ser de qualquer cor
ou de qualquer raça,
esse negrinho,
pois já virou
até passarinho...
Molequinho esperto
levado, faz artes
como Pedro Malazartes
e pelas estradas
aos viajantes persegue
— traidor como quê
esse Saci-Pererê.
Mas no nosso carro,
ele dança e pula
com um pé só,
sem ouvir vovó
que conta sua lenda e diz:
— Pra nós é um mascote,
símbolo de sorte
dessa viagem feliz.
Cleonice Rainho
domingo, 12 de agosto de 2007
Papai
Papai, quero dar-lhe um abraço
Meu eterno campeão
Das lutas da vida e do cansaço
Você está em meu coração.
Papai, você é tão alto!
Adoro calçar seu sapato!
- Meu filho, vem cá! - Você me chama.
Adoro vestir seu pijama!
Papai, você é meu amigo
Herói que vence o perigo
Sua coragem me espanta
Seu amor me encanta.
Rosângela Trajano
O Menino Maluquinho
Este trecho do livro vai em homenagem à todos os papais, que nos ensinam e ensinaram muito do que sabemos hoje, desde as mais variadas travessuras e brincadeiras, até as maiores lições das quais levaremos para toda a vida e que com orgulho repassaremos aos nossos filhos.
O Menino Maluquinho
A pipa que o menino maluquinho soltava
era a mais maluca de todas
rabeava lá no céu
rodopiava adoidado
caía de ponta cabeça
dava tranco e cabeçada
e sua linha cortava
mais que o afiado cerol.
E a pipa
quem fazia
era mesmo o menininho
pois ele havia aprendido
a amarrar linha e taquara
a colar papel de seda
e a fazer com polvilho
o grude para colar
a pipa triangular
como o papai
lhe ensinara
do jeito que havia
aprendido
com o pai
e o pai do pai
do papai.
Ziraldo
O Menino Maluquinho. p.49
.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Aquarela - Faber Castell
Para quem ficou lembrando da propaganda da Faber Castell quando assistiu ao clipe oficial feito pelo Mundo da Criança postado aqui anteriormente, aqui vai o vídeo para recordar e matar a saudade.